A cabana do Pai Jaime

Nunca acordaram a meio da noite com vontade de escrever tudo o que vos vai na cabeça? A mim aconteceu-me 1vez... das outras vezes só me levanto para ir mijar!

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quarta-feira, novembro 21, 2007

A tempestade



O fumo liberta-se do cigarro
Paira uma ameaça sublime no ar
O silêncio torna-se azedo

A cada passa o veneno entranha-se
O demónio revela-se
A alma apronta-se

Na boca a tempestade
Na mente a batalha
no peito o alcatrao

O sopro ao vento
a imagem selvagem no ar
a morte do cruel

O abafar da beata é como acido
a corroer o pensamento que restava
nada perdura

na boca o sabor enfadonho e rude
de um vicio obsoleto
o arrependimento

nos dedos os vestigios
de um sofoco
de uma prisão

nos olhos o vazio
no andar o cheiro a sangue
na alma as cicatrizes dos demonios

acende-se outro cigarro
enfrenta-se o mundo.

jack the rat
28-7-7

Cavaleiros do Alcatrão



O horizonte.
Onde o céu e estrada
Se fundem.

O homem.
Onde a selvajaria acontece
E morre.

A porta fecha-se.
Das botas às rodas,
O fim de um capitulo.

O motor liga-se.
Rosna e exalta-se
A um dono atormentado.

No retrovisor.
Uma vida
Uma prisão.

Na face.
Uma lágrima
Uma gota de gasolina.

Na alma... liberdade.

Os pneus gritam e esfumam-se.
Pedindo assim o perdão
Ao Cavaleiro do Alcatrão.


jack the rat
28-7-7